sábado, 2 de julho de 2011

TRANSFORMERS: O LADO OCULTO DA LUA


O lançamento da última parte de uma trilogia naturalmente cria expectativa. Ainda mais de uma lucrativa série como Transformers, que teve uma boa estreia e, depois, uma completa catástrofe em sua continuação, admitida até mesmo pelo diretor Michael Bay. Na época, o cineasta culpou a crise dos roteiristas de Hollywood pela qualidade duvidosa da produção. Agora, sem poder se esconder atrás de novas desculpas, ele apresenta Transformers: O Lado Oculto da Lua, longa que, ao tentar voltar ao espírito do primeiro, encontra o equilíbrio para ser um filme de ação visualmente empolgante e divertido, mas nada além disso.

O roteiro, que foi trabalhado a seis mãos em Transformers: A Vingança dos Derrotados, agora ficou por conta apenas de Ehren Krueger. Ele começa bem, ao entrelaçar a história dos alienígenas com a do planeta Terra. Descobrimos a relação que os Transformers tiveram com a chegada do homem à lua e grandes acontecimentos mundiais, como o acidente nuclear em Chernobil. Mas a ideia aos poucos vai se desgastando e as duas horas e trinta e dois de filme parecem demais.

Para manter o espectador atento, Bay apostou no 3D. Um dos pontos fortes do filme, esta tecnologia não vinha sendo tão bem explorada desde Avatar, tornando-se assim ponto crucial para a experiência completa do longa. Aparentemente, detalhes como a profundidade de personagens ou maior elaboração de roteiro foram deixados de lado para dar vez ao 3D, este sim o verdadeiro protagonista da produção.

Pode parecer um exagero desconsiderar o trabalho dos atores, mas o próprio longa nos leva a acreditar que a função deles é meramente nos levar de uma cena de ação a outra, mais ou menos como acontece em Sucker Punch – Mundo Surreal. A diferença é que aqui temos grandes nomes, como Frances McDormand e John Malkovich, emprestando seu talento a personagens que pouco adicionam à trama individualmente, mas que juntos ao elenco de apoio fazem o precário roteiro funcionar.

Desde que foi anunciada como nova namorada do herói vivido por Shia LaBeouf, Rosie Huntington-Whiteley tem sido uma das mais questionadas adições do elenco. A primeira cena da britânica serve para mostrar sua finalidade no filme e o "cuidado" que Bay tem com os personagens que cria. A câmera segue Rosie - que está vestindo apenas camiseta e calcinha - em sequência que nos lembra o comercial de lingerie em que o diretor encontrou a então modelo. Nos poucos momentos em que tem de atuar, seu desempenho é razoável, embora esta claramente não fosse a preocupação do diretor.

Novos robôs também são apresentados no longa, tanto do lado dos heróis (Autobots) quanto dos vilões (Decepticons). Os novos Decepticons possuem maior relevância na trama, especialmente o odiável Laserbeak. Shockwave, um dos melhores transformers apresentados até aqui, infelizmente tem pouco tempo de tela, mas deixa sua marca quando aparece. Sentinel Prime, largamente alardeado nas peças promocionais do filme, tem papel decepcionante no decorrer da história - seu único apelo é ser dublado por Leonard Nimoy (O Senhor Spock, de Star Trek).

Goste ou não, Michael Bay possui um estilo próprio. Leia-se: explosões, perigo mundial, explosões, mulheres bonitas, explosões, forte presença de militares, explosões, perseguições de carro, explosões... e grandiosas cenas de ação. Se esses pontos te atraem, assista à Transformers: O Lado Oculto da Lua sem receio e prepare-se para algumas – longas – horas de diversão. E não esqueça do 3D.

CARROS 2


Quando lançado em 2006, a animação Carros conquistou espectadores do mundo inteiro com um enredo de fundo moral compreensível às crianças protagonizado por uma variedade de carros personificados. A boa sacada da Disney/Pixar ganha agora uma continuação que, se não pode ser considerada melhor que o original, tampouco deve decepcionar os fãs dos carrinhos de parabrisas animados.

Tecnicamente Carros 2 é irrepreensível. A qualidade das imagens, o tratamento das cores e a realidade maravilhosamente detalhada criada por John Lasseter e os ases da Pixar continua inquestionável e de encher os olhos. Os ambientes possuem detalhes surpreendentemente ricos em sua textura, luz e sombra. É impossível não se encantar com a complexidade e beleza dos cenários.

A história, no entanto, perde o lado emocional e a boa cadência do primeiro filme para embarcar numa trama de ação e espionagem ao melhor estilo James Bond. O viés moral - que desta vez trata do valor da amizade - em Carros 2 é apenas pano de fundo para um enredo rico em sequências de ação com direito a tiroteio, mísseis, perseguições e explosões.

O espectador volta a Radiator Springs para rever Relâmpago McQueen e seus amigos alguns anos depois da primeira aventura. McQueen é agora um campeão das Copas Pistão e é convidado a participar de um campeonato mundial em prol da utilização de um novo combustível não-poluente. Para acompanhá-lo, decide levar seu amigo Mate, o guincho caipira e ingênuo do primeiro filme da franquia. Porém, durante os eventos anteriores à primeira corrida, Mate é confundido pela inteligência britânica e um grupo malfeitores com um agente secreto americano – tudo isso sem ter a real percepção da confusão na qual se meteu.

A história envolvendo o óleo biodegradável e uma trama de espionagem internacional com direito a vilões dignos de um filme de 007, agentes secretos e muitas reviravoltas talvez seja um pouco complicada para os pequenos, mas o roteiro inteligente compensa ao apostar na conhecida fórmula de destacar um personagem coadjuvante e carismático colocando-o responsável pelo humor e carga dramática da história. É o que acontece com o carro-guincho Mate, grande destaque da animação e responsável por seus melhores momentos. Relâmpago McQueen, desta vez, é apenas um coadjuvante.

Carros 2 fica aquém de seu original, mas está longe de ser daquele tipo tradicional de sequência sem razão de existir. Mesmo um pouco abaixo do padrão Pixar, que sempre primou por enredos bem elaborados, é uma boa dica de diversão para a garotada.

KUNG FU PANDA 2


Quando se trata de uma produção com traços originais e potencial de se tornar franquia, ter bom desempenho nas bilheterias é uma faca de dois gumes. Numa continuação, como manter o frescor e proporcionar o prazer pelo inesperado em quem assiste? Algumas produções sucumbem não no resultado financeiro, mas na cara de pau de não almejar a surpresa como meta e repetir uma fórmula que deu certo – leia-se Se Beber, Não Case! Parte II. Ao lado dos beberrões de Todd Philips, Kung Fu Panda 2 é um exemplo de filme que sofre da síndrome da continuação.

Em 2008, a DreamWorks virou para o mundo e disse: vocês vão ver um panda falante praticando a suprema arte marcial chinesa e, melhor, não sentirão estranheza. E tem mais: o bando terá uma Tigresa, Garça, Louva-a-Deus, Macaco e Víbora. Em 2011, quando essa história já se tornou realidade, o pasmo já foi embora e naturalmente o filme perde um pouco do encanto.

Ainda mais quando o enredo repete os mais variados clichês de filmes de ação dos últimos quarenta anos: o heroi que tem de descobrir uma verdade recôndita que justifica todo filme; um parceiro muito mais forte que o protagonista, mas sem o mesmo carisma ou a gana pela superação; a motivação final na batalha de encerramento que renova as esperanças de derrotar o vilão (geralmente, com o ferimento ou morte de alguém próximo e querido); o vilão que finge aceitar a derrota para, num ato traiçoeiro, trapacear (por exemplo: jogar areia no olho do heroi).

Mas o que mantém Kung Fu Panda 2 como um filme médio e entretenimento descompromissado para toda a família? A qualidade da tecnologia de animação (filmada num scope muito interessante que privilegia movimentos horizontais e profundidade de campo) e a verve cômica do protagonista. Dublado por Jack Black na versão original e Lúcio Mauro Filho na brasileira, Po, o panda, continua engraçado, especialmente por ocupar um lugar que, aparentemente, não seria seu: o de Dragão Guerreiro.

Na sequência, Panda já está na liderança dos Cinco Furiosos, mas tem uma página de sua vida em aberto. Por que ele é um urso e seu pai um ganso? Numa válida mensagem para as crianças sobre a diferença, o personagem questiona: “Quem sou eu?”. Feliz de quem consegue, ao longo de sua existência, encontrar respostas para essa pergunta, pois é um sentimento magnífico. Em busca do seu próprio eu e raízes desconhecidas que Po vai tentar derrotar Lord Shen, um pavão que construiu uma arma letal que ameaça a sobrevivência do kung fu.

A DreamWorks Animation ainda não conseguiu chegar ao mesmo nível de Shrek, primeira animação da empresa de Spielberg, Katzenberg e Geffen, ou, mais recentemente, Como Treinar Seu Dragão. Tecnicamente, vai tudo bem, obrigado, e os produtores decidem assumir riscos. Agora, quando se trata de enredo, a previsibilidade reina, como é o caso de Kung Fu Panda 2.

Frase do dia:

Nunca disperse o foco a menos que seja absolutamente necessário. Enfrente um adversário de cada vez.

Atenção

Voltei atualizar com força total o blog que mostra a cultura de um jeito bem legal!!!

domingo, 29 de maio de 2011

Curiosidades- "A presidente" ou "a presidenta"?

Tanto faz. As duas formas são consideradas corretas. Note que a forma “presidenta” segue a tendência natural de criarmos a forma feminina dos substantivos com o uso da desinência “a”, como ocorre em: trabalhador/trabalhadora, fotógrafo/fotógrafa, etc.

Na língua portuguesa, temos também a opção da forma comum de dois gêneros, como ocorre em: o jovem/a jovem, o estudante/a estudante, etc.

No entanto, lembre-se de que há palavras que aceitam as duas possibilidades: o chefe/a chefe ou o chefe/a chefa, o parente/a parente ou o parente/a parenta, o presidente/a presidente ou o presidente/ a presidenta.

sábado, 28 de maio de 2011

Frase do dia:

Até hoje eu não entendo esse negócio de "boa noite Cinderela". Afinal, a dorminhoca da história não é a Bela Adormecida?